Páginas

Sem disfarces



Não acredito em quem traja o medo
Não quero esses seus segredos
E muito menos a frieza das lamentações.
Rasgue as máscaras da solidão,
Disfarces pontuais do ego.
O veneno escorre pelas pontas dos dedos
Entorna, manchando a poesia no papel.
Não gosto de mentiras
Nem das amarras desse sentimento arrastado.
A boca que é marcada pelo desejo de quem não viveu
Tem os sonhos sabotados pela covardia
Quem acha que sou?
Pouco importa se acreditaria.
Dúvidas são inerente a quem cria
Sigo sem certeza alguma,
O tempo é curto para ser perdido.
Quem deseja, revela
Quem sorri, encanta
Quem espera, nem sempre alcança
Mas quem cansa, desperta
E do nada faz algo acontecer.

Marta Vaz



A Volta

E o tempo urge, tudo tão depressa!
Você na sua pressa
Uma forma de adeus peculiar?
Estou no meu silêncio,
Cansei de esperar pelo sonho
Não durmo, nem sonho mais.
Vivo os dias, soltando amarras.
Agora chegou a minha hora
Estou voltando, retornando à casa.
Não, o filme não acabou!
Mas a roupa não me cabe mais,
É outra...
Minha vida, louca.
Meus desejos, nada fáceis de compreender.
Misto de solidão e companhia
Não verterei mais lágrima alguma.
A tempestade se foi
Agora aurora e calmaria
Brisa que acaricia, voz suave do amar.
Liberta e pronta pra dançar.
Essa minha obra não será a última.
Uma nova vida se descortina
Já sinto o seu perfume
Sua calma, paz serena.
Estaremos sempre juntas
O Amor é a razão
É Luz na escuridão
Sinta, Amor
E tudo estará aceso.

Marta Vaz